quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Piedade!

Eram cinco da manhã e Zé ainda não tinha conseguido dormir. Apesar de o banco duro apertar suas costas sentia-se confortável, afinal não era a primeira vez que ele dormia ali. O céu estava limpo e a luz da lua somava-se a da cidade tornando o céu claro e piscante. O vento frio da madrugada acariciava seu corpo arrepiando sua pele e fazendo flutuar docemente como uma dança os seus ralos cabelos que ainda insistiam em ficar presos em sua cabeça. Puxou o cobertor deixando apenas seu nariz gelado e úmido exposto.. Cinco e meia e o frio ainda persiste. Zé fecha os olhos e deseja que o dia chegue logo, seus dedos já estão amortecidos e ele aperta os joelhos com força. Agora é cinco e quarenta e cinco o dia está chegando, o manto azul do dia começa a se fundir com o negro da noite dando ao céu uma coloração de azul intenso. Uma névoa fria e úmida cobre o solo. Zé não agüenta mais o frio. – Por favor, meu Deus me traga um pouco de calor eu imploro! Não agüento mais! – pensou. Passos furtivos são percebidos, seria um anjo acolhedor trazendo boas novas do criador? Zé não ousa olhar e espera pacientemente sua graça, tudo foi muito rápido! Apenas um derramar de álcool e um riscar de fósforo e Zé finalmente ficou livre – obrigado Deus

Um comentário:

Jack disse...

Muito bom.
=D
Só cuidado com vírgulas e parágrafo.