segunda-feira, 19 de maio de 2008

The Little Frog

Once upon a time a frog was sitting near a rock, waiting for its moment of happiness. It was a very little one, with a shine green color, something that nature is proud of being part of its conception. The days were very slowly for that creature that could not see anything different for hours, just the little lake and some flies that were his meal. But all this were about to change at one day when a beautiful girl saw it. She was very happy, and took the small one in her pocket, with the intention to admire that later. But she forgot the frog inside there, and it was the end of this little creature and its dreams, there was nothing left. And the girl only noticed that this happened, when her pocket started smelling very bad.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A Rainha dos Malditos

Palavras apaixonadas saíam de sua boca, plenas de sabedoria, bondade e força, como se nenhuma outra coisa pudesse se expressar por meio de seus lábios. Doce, altiva e cruel, ela sabia que nunca deixaria de ser aquilo a que estava destinada. Todos paravam para ouvi-la, ansiosos por um pouco de mel em suas vida tomadas pelo fel cotidiano, esperançosos de que junto com aquela voz melodiosa chegasse aos seus ouvidos também algo novo, que os libertasse do jugo cruel da existência.

Pessoas vindas de cidades próximas também se acotovelavam para vê-la, um raio de luz na escuridão, uma voz que embalava os sonhos despertos de descrentes, perdidos e malditos. Incutia também amor nos homens e nas mulheres, que se maravilham com sua bela aparência, com cabelos longos, cacheados e dourados, sua altura, considerável para uma mulher, e um sorriso lindo.

Todos os dias as 10 da manhã ela iniciava seu ritual, abrindo a porta de sua casa, que ficava a poucas quadras do centro da cidade, caminhando sem pressa em direção ao centro. Muitos a cercavam apenas estonteados e incapazes de coisa alguma que não fosse a contemplação. Cada passo parecia calculado, e em momento algum ela baixava seu olhar, como se tivesse decorado cada percalço, cada pequena falha no calçamento que a conduzia ao seu lugar.

Uma vez tendo chegado à praça central, caminhava entre os vendedores, as putas e os mendigos, sorrindo a todo momento, sendo conduzida por seu obsequioso séquito. No centro da praça estava seu palco, local de anúncios e leilões, mas que naquele momento era seu trono, o lugar onde era senhora e rainha de todos os malditos.

Quando ela começava seu discurso, que podia ser sobre qualquer coisa, as nuvens se abriam, o clima tornava-se agradável, a dor, a fome e o desespero desapareciam. Ela era a senhora de todos, e sua punição mais exemplar, seus 30 minutos de fala enchiam de alegria os pobre corações que pouco depois retornavam a suas vidas miseráveis e desgraçadas e ela se recolhia mais uma vez. Era apenas uma lembrança de que algo melhor poderia existir, um alívio para que os escravos desta realidade continuassem seu trabalho, uma forma de mantê-los acorrentados.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Palavras

Ainda te observo em meus sonhos, cheia de atitude, capaz de consolar a todo o mundo que se coloca aos seus pés. Ainda sei que você me visita na escuridão, quando coisa alguma respira, quando os sons se distanciam e o logo inverno me congela.
Tomam-me como morto, mas ainda respiro, acreditam que cortei meus pulsos, quando na verdade, não fui eu quem fez aquilo que não deveria.
Pode se aproximar, hoje a janela está aberta, não tenha medo, não podem nos ouvir.