Sentado na cama, olhava para fora da janela. Seus olhos azuis fitavam além do horizonte. A barba por fazer lhe dava um aspecto doentio. Sua boca permanecia entreaberta, e dela escorria um fio de saliva que já formava uma pequena poça no chão. O quarto, pequeno, cheirava a éter.
- Coitado, disse a enfermeira balançando a cabeça.
- Ele ficou catatônico depois da lobotomia, disse o auxiliar que estava ao lado da enfermeira.
Fecharam a porta, não antes de apagarem a luz.
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